Entre o abrir e o fechar de uma janela,
Pelas frestas da veneziana,
Ele a visitou.
Sem clarões nem estrondos,
Entre o perfume dos gerânios
E a palidez da lua,
Ele a visitou.
Antes calma e arrazoada, a Santa endoideceu.
Doida, doida pelo Amor de Deus,
A Santa,
Iluminada pelos tremeluzes da luz de vela,
Cantou seus lamentos,
Chorou os anos de indecisão,
E olhou para os cacos de sua vida
no solo de sua morada.
Mas os barulhos da rua eram tantos,
Tão altos aqueles barulhos na rua,
Que ninguém, além daqueles gatos,
Ouviu o lamento da Doida Santa.
Ninguém, além do retrato na parede,
Viu a Santa Doida, todos os dias, chorando.
(Por isso o cavaleiro de plumas brancas não veio...
Também, eram outras as fantasias naquele carnaval!)
Também, eram outras as fantasias naquele carnaval!)
5 comentários:
Toda mulher é um pouco santa doida.
Toda mulher tem um pouco de santa doida.
Toda mulher é um poco santa doida.
Toda mulher tem um pouco de santa doida.
" Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa num altar..." Estas são as palavras de Raul Seixas"Enquanto te rezei,ó santa... Deliciosa &
Surpreendente Poesia
Postar um comentário